Selecção de textos bíblicos por Armindo Vaz, OCD

1No dia… em que entravam em vigor a ordem e o decreto do rei, dia em que os inimigos dos judeus contavam dominar sobre eles, aconteceu o contrário e foram os judeus a dominar os que os odiavam. 2Os judeus reuniram-se em assembleia nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, para estender a mão contra aqueles que procuravam o seu mal. Nem sequer um homem conseguiu resistir-lhes, porque o medo deles caiu sobre todos os povos. 3Todos os príncipes das províncias, os sátrapas, os governadores e os funcionários do rei ajudaram os judeus, porque o terror de Mardoqueu caíra sobre eles. 4De facto, Mardoqueu tornara-se importante no palácio real. A sua fama espalhava-se em todas as províncias e ele era cada vez mais poderoso…

11O número de mortos em Susa, capital, chegou ao conhecimento do rei 12e o rei disse à rainha Ester: «Em Susa, capital, os judeus mataram e aniquilaram quinhentos homens, juntamente com os dez filhos de Haman. Que terão feito no resto das províncias do reino! Mas qualquer outro pedido teu ser-te-á concedido e qualquer outro desejo teu será realizado»…

16O resto dos judeus que viviam nas províncias do rei reuniram-se em assembleia, defenderam as suas vidas, fazendo descanso relativamente aos seus inimigos. Mataram setenta e cinco mil dos que os odiavam, mas não estenderam as suas mãos ao espólio…

18Os judeus que viviam em Susa reuniram-se no dia treze e no dia catorze do mês. No dia quinze descansaram e fizeram dele um dia de banquete e de alegria. 19Por isso, os judeus que vivem fora da cidade em localidades não fortificadas celebram o dia catorze do mês de Adar como um dia de alegria, de banquete, de festejos e de cada um enviar ofertas ao seu amigo.

20Mardoqueu escreveu estas palavras e enviou cartas a todos os judeus que viviam nas províncias do rei Assuero, aos de perto e aos de longe, 21estabelecendo que o dia catorze e o dia quinze do mês de Adar fossem para eles, ano após ano, 22considerados como os dias em que os judeus descansaram dos seus inimigos e o mês em que a sua angústia foi transformada em alegria e o seu luto em dia de felicidade; e que fizessem desses dias dia de banquete, de alegria e de cada um enviar presentes ao seu amigo e ofertas aos pobres…

26Eles chamam a estes dias dias de Purim, da palavra Pur. Por causa das palavras desta carta, do que viram e do que lhes aconteceu, 27os judeus estabeleceram, para eles e para a sua descendência e para quantos se viessem a juntar a eles, que não deixariam passar nenhum ano sem celebrar estes dois dias no tempo determinado… 28Estes dias são recordados e celebrados, de geração em geração, em cada família, em cada província, em cada cidade, e estes dias de Purim não desaparecerão jamais de entre os judeus e a sua memória não acabará entre os seus descendentes»…

32A palavra de Ester confirmou as práticas relativas à festa de Purim e ficou escrita no livro.

10  3O judeu Mardoqueu era a segunda pessoa depois do rei Assuero e era grande entre os judeus e amado por muitos dos seus irmãos. Procurou o bem do seu povo e trabalhou pela paz de toda a sua gente.