Armindo Vaz, OCD

A resposta definitiva à esperança cristã está na ressurreição real de Jesus Cristo pela força do Espírito do Pai. Ela foi a vitória do amor sobre a morte, a aprovação divina de tudo o que Jesus fez na sua vida terrena. Foi a consagração do sentido último de uma vida e de uma morte por amor. À luz da sua ressurreição, tudo o que ele tinha dito e feito fazia agora sentido perfeito. Projectava retrospectivamente uma luz nova sobre o sofrimento e sobre a vida do Crucificado, mas também iluminava toda a história da humanidade dando-lhe esperança. Com fé na ressurreição, a esperança cristã vê o presente como gérmen de uma vida de amor, que se torna definitiva em Deus: «Pela sua grande misericórdia, [Deus] fez-nos nascer de novo para a esperança viva, que Ele nos deu ressuscitando Jesus Cristo da morte» (1Ped 1,3). Venha o que vier, a minha vida não poderá ser menos do que aquilo que Ele prometeu, realizou e garantiu.

Depois de criticar «uma sociedade cruel que não dá a esperança», no dia 17.6.2013 o Papa Francisco, abrindo o Congresso da Diocese de Roma sobre o tema Não me envergonho do Evangelho, vincou que os cristãos devem «oferecer a esperança cristã». A morte e a ressurreição de Jesus são «a maior mudança da história da humanidade», tornando-se uma «revolução» porque «muda o coração». «Nós somos revolucionários desta revolução porque caminhamos por esta estrada da maior mudança da história da humanidade. Um cristão, se não é revolucionário, não é cristão», acrescentou.