Armindo Vaz, OCD
Morte e esperança
O humano está marcado pela contingência, pela sua condição de ser limitado e finito – que torna problemática a superação da morte. A força do espírito humano que é a esperança torna-o capaz de enfrentar os problemas da vida e o supremo problema imposto pela sua condição de mortal. Ver a vida subjugada ao «último inimigo que é a morte» (S. Paulo, 1Cor 15,26), sem lhe dar a luta que lhe dão a Bíblia e as epopeias clássicas, seria aceitar a perda da própria dignidade de ser humano. A esperança dá essa luta. Quem espera ilimitadamente contra o desespero até à morte não aceita trair a essência da sua humanidade e a sua dignidade, ligada ao sentido último da sua vida. A esperança oferece o sentido último à vida. Este jubileu de 2025 pode meditar nessa preciosa oferta.