«Santa Teresa de Jesus – Experiência orante de uma vida determinada», foi o tema levado a cabo por Jorge Germano Brito, na tese de Mestrado Integrado em Teologia, apresentado no passado dia 1 de Julho, na Universidade Católica Portuguesa (Porto). Fomos ao seu encontro e ficamos a saber como se deixou encantar por Teresa.
Como é que conheceu Santa Teresa de Jesus?
Conheci Santa Teresa quando entrei para o Seminário. Teresa acompanhou-me durante a caminhada vocacional.
O que é que o motivou a apresentar a tese de mestrado sobre esta doutora da Igreja?
Em primeiro lugar, motivaram-me os seus ensinamentos que me diziam que também eu poderia lutar por algo para toda a vida que me apaixonasse e determinasse no rumo a dar à minha vida. Em segundo lugar, a tese de mestrado que apresentei permitiu-me ir mais longe no conhecimento e na compreensão desta figura, da sua doutrina e da sua mensagem para os nossos dias.
O que é mais o impressionou no estudo que fez?
Impressionou-me o contexto social e eclesial no qual Santa Teresa viveu. Independentemente das várias condicionantes, Teresa foi um forte pilar da sociedade do seu tempo. Manteve uma postura de firmeza e de determinação. Viveu como filha da Igreja e em Igreja, alertando sempre que todo o caminho necessita de perseverança e de esforço.
Duas características marcantes desta mulher.
Destacaria a sua experiência e testemunho de vida e a sua vida determinada. Tudo o que nos transmite e escreve parte do seu próprio testemunho e experiência de vida, da sua oração e da sua própria determinação. É uma mulher que nos fala a partir de si mesma e não de teorias ou pré-conceitos.
Qual a mensagem que Teresa de Jesus terá a dar ao homem de hoje?
Teresa de Jesus sentiu a urgência de comunicar aos outros a necessidade de um encontro pessoal e de enamoramento com Deus. Hoje a sua mensagem desafia-nos a enfrentar e a cultivar uma vida de oração que não seja mais um preceito mas um verdadeiro diálogo e encontro com Deus. Esta mulher impele-nos a redescobrirmos o Evangelho e a encontrarmos novas formas de o viver e anunciar. Incentiva-nos a colocarmo-nos diante do Senhor e dizer convictamente : «Vosso/a sou, para Vós nasci, que quereis, Senhor, de mim?»